China Talks #2

Kauê 卡维 16:24:42

Não existe amor em SP, o cantor chama Criolo

Atena Pan 16:24:57

claro q existe amor

Atena Pan 16:25:03

cheio de amor em sp

Kauê 卡维 16:25:18

você acha?

Atena Pan 16:25:32

sim

Kauê 卡维 16:25:51

por quê?

Atena Pan 16:26:18

nao tem pq

Kauê 卡维 16:28:14

são paulo também é uma cidade muito fria, onde as pessoas só trabalham

Atena Pan 16:28:47

haha. bem menos q china

Atena Pan 16:29:02

brasil eh um pais cheio de carinho

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E o que é que se tem pra achar de uma cidade como essa, como Guangzhou? Isso aqui é uma fornalha queimando gente pra construir shopping, não é? A torre de Cantão é o orgulho de vidro e ferro. Moderna, ocidental. Já se fala inglês por todo lado, estrangeiros são bem recebidos. Mas eu ainda assusto umas crianças por aí com meus olhos claros e meus pelos na cara; o modo rustico do povo nas ruas não tem nada da civilidade ideal. O comunismo chinês transformou todos em camponeses. E hoje, em números no crescimento econômico, em Iphones vendidos. Cantão ainda é muito tradicional, uma professora disse. Os monumentos são bem conservados, a medicina chinesa ainda existe. No norte os templos estão ruindo. Outro professor disse que tem um lugar aí pelo interior que o governo do Mao não teve coragem de destruir. Não lembro o nome.

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March 23, 2012 · 12:49 pm

moebius-7_905

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March 19, 2012 · 10:56 am

Enquanto não tenho tempo pra escrever um post decente, vocês podem ver esse chinês fazendo pipoca. Beijos!

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March 10, 2012 · 12:28 pm

China Talks #1

168 ALL-STAR 18:23:32

buy an IPHONE 4S

168 ALL-STAR 18:23:50

then you will get some gf.

168 ALL-STAR 18:24:01

 

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FAQ #1

“Kauê, e aí, você já comeu cachorro?” 

Hum, não, ainda não! Nem é tão comum assim, sabia?

“E aí, cara, já comeu alguma parada esquisita?”

– Tendão de boi serve? Era um prato muito saboroso por sinal. Pimentão, coentro, cebola…

“Cara, ouvi falar que os chineses comem umas paradas estranhas…”

Eles aproveitam quase tudo dos bichos, o que é muito melhor, se pensarmos bem. Sim, tem tartaruga e sapo pra vender no supermercado, naquelas bandejinhas. Da tartaruguinha senti dó, assumo.

Acho que dá pra pensar melhor nessa história de alimentação de duas maneiras. Procurando entender melhor a medicina chinesa, com suas regras para o corpo; e as crises de fome que assolaram o país, fazendo com que tudo fosse aproveitando – tanto que eu ouvi dizer que o vegetarianismo não entra na cabeça das gerações mais velhas. “Você agora tem o privilégio de comer carne!”. Dá pra sacar?

Enfim, esse assunto é complicado porque é um prato cheio pra taxar o povo de bizarro, e como as pessoas no fundo são inseguras e não tem muito a acrescentar, se apoiam nesse discurso pra se resguardar entre os “não bizarros”. Boring. Não é um interesse genuíno que está por trás, né? Não esqueçamos dos nossos espetos cheínhos de corações aí no Brasil.

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Ganbei! 干杯!

O pop não poupa ninguém, e até aqui, claro, tem umas baladinhas. Fui em uma sábado passado, com o brasileiro aqui do apartamento, num galpão cheio de ateliês e estúdios descolados, e logo fomos calorosamente recebidos por um chinês gordaço, bêbado, que nos fez sentar e colocou na mesa duas jarras de cerveja. “The best in Guangzhou!”. Nada mal, fabricação própria, preço razoável. Não deu nem tempo de olhar ao redor, e logo a mulecada queria conhecer os dois gringos. É brinde pra cá, brinde pra lá, mais jarras de cerveja pagas pelos novos amigos. Até show de mágica teve pra gente! Um maluquinho de bandana, figura, aproveitou o clima internacional, e decidiu brilhar. Mas, sacomé, depois de 1 hora desse papo furado, a gente acaba enjoando, e eu fiquei só de olho na ÚNICA MULHER DA BALADA, sentadinha num canto, tomando um drink gigante, olhinhos colados no Iphone. Esperando o namorado, pensei.

Aí finalmente o putzputz trash e ensurdecedor deu lugar para o karaokê. Pô, sabiam que nem é tão tosco quanto parece? Mulecada se divertindo, mandando uns rap chinês. E logo vem mais cerveja, cigarros de vários tipos – aqui tem infinitas marcas – e até uma porçãozinha de beterraba, nham! Imaginem minha cabeça: bêbado, alternando entre chinês, inglês, e português. Precisava de um ar, e fui no banheiro do lado de fora. Noite fria pra caramba, privadinhas só o buraco no chão, e na volta eu cruzo com a mocinha. “Thank you!”, ela diz e sorri. Mas que diabos?! Tudo bem, não deve falar inglês, sei lá. Entrei de volta, papo furado rolando solto, todo mundo querendo agradar. Logo volta a moça, e vem com ela uma amiga – dobrou o numero de mulheres! Não era o namorado que ela estava esperando… E então, naturalmente, as duas vieram sentar com a gente, sem precisarmos fazer o mínimo esforço. Hospitalidade chinesa. E junto com elas veio um joguinho de roleta, simples, onde cada um girava uma vez, e podia cair: virar um copo, virar meio, todos bebem, etc, e, pasmem, que esses china não são bobo nem nada: apertar os peitchinhos, ou afofar a bundinha. Não que elas tenham, enfim, vale a bagunça.

E gira roleta! “So crazy!” e “So dangerous!” eram as duas únicas frases que a chinesinha falava em inglês, sempre acompanhadas de uma risadinha atrás da mão. Aí já que o forte não era a comunicação oral, bora tentar no tato né minha gente, que brasileiro é bom nesse território. Mas olha, se esse for o padrão de comportamento aqui, Manizinha – TE AMO!, pode é ficar descansada, porque eu tô é lascado. Só selinho, só risadinha. Parecia que o grande barato era eu estar acompanhado de uma garota bonita. Todo mundo que passava me cumprimentava: “Lucky!”, “She love you!”, “Enjoy chinese girl!”. Não me senti tão empolgado só com isso não, mas tava divertido. Até que… lembram do gordão do começo? Bom, pelo jeito ele tava de olho na garota, porque o cara não parava de empatar as nossas – tentativas de – conversas. Toda hora vinha infernizar. Aí ele inventou de tentar agarrar a mocinha, e eu, brabo que sou, achei demais, empurrei o maluco, que puxou a gatinha, que puxou uma jarra de breja em cima dela mesma… aí ela aprendeu uma frase nova: “So bad, so bad!” Tadinha, levei ela pra fora pra se limpar, pedi desculpas. Tava na hora de ir embora. Meu amigo já foi pagando a conta e chamando um taxi, e adeus primeira balada na china.

E me deu uma saudade das bagunças daí…!

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Contraste

Seria muita inocência, ou cinismo, se eu assumisse que estou vendo tudo aqui de uma perspectiva neutra e saísse julgando tudo e todos com a maior facilidade. Isso é impossível. Além de ter arrastado minha carcacinha pra cá, também trouxe um monte de preconceitos, e sempre que eu falo sobre o outro, eu falo de mim mesmo. Nós somos a nossa história, a cidade onde vivemos, os amigos que temos. Tá, isso tudo é muito óbvio, e pode parecer que eu só quero enfeitar, mas é tão fácil esquecer essas coisas… Por isso de quando em vez também pretendo postar alguma coisa sobre o Brasil, e tudo o que eu deixei aí. Assim eu respeito a novidade, e critico a bagagem.

O brasileiro que mora comigo me apresentou um documentário sobre o Brasil, que me pareceu legal – LUTAS.DOC – dividido em partes, assistíveis na internet mesmo, nem precisa baixar. Os caras entrevistaram uma galera sobre a violência no Brasil. Eu vi a primeira parte e achei por bem compartilhar. Depois me digam o que acharam!

http://tvbrasil.org.br/lutasdoc/

http://www.buritifilmes.com.br/documentario.php?id=21

Zai jian!

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TV

Pra quem quiser dar uma ilustrada nas ideias sobre a China, sempre vale a pena conferir o que tá passando na TV: essa máquina que é todo mundo e não é ninguém ao mesmo tempo.

http://www.cntv.cn/ – divisão online da estatal CCTV

e tubes:

http://www.tudou.com/

http://www.youku.com/

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Chinese Gang Signs

Enquanto isso, bora aprender a contar em chinês com as mãos. Pra dar uma aprimorada naquela visita ao buteco do China.

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February 17, 2012 · 10:54 am